“I fucked up… I made a mistake… Nobody does it better
than myself…”
“I fucked up”, Madonna.
Aconteceu tudo outra vez. É
muito estranho, não é coincidência. Pelo menos dessa vez resolvemos tudo de
modo maduro e responsável. Sem ofensas, sem farpas, sem feridas.
Mas percebo que levei as
coisas devagar e cuidadosamente ao mesmo ponto crítico, que felizmente dessa
vez que não resultou em tragédia. Mas há uma perda, sem dúvida. Há uma dor.
Trata-se de uma expectativa frustrada, trata-se de ilusões construídas
solitariamente. Como sempre, eu exijo e espero demais, dos outros e de mim.
É uma tolice, eu sei. Mas não
sou tão ingênuo assim. Guiei-me pelo que via, não tenho culpa se as pessoas são
contraditórias no que fazem. Nem posso ler seus pensamentos se elas não falam. Tudo
precisa ficar em pratos limpos, por mais difícil que seja encarar uma louça
suja.
E agora estou aqui, arrasado,
mas talvez nem tanto, pois sobrevivi. Dou-me conta do tempo que estou perdendo
aqui. Outras pessoas estão vivendo, ele está vivendo. E eu estou aqui. Abro a
janela, o vento frio me desperta e me entorpece. Contemplo o céu belo e escuro,
as ruas vazias, as luzes acesas. Que droga de domingo eu tive.
E agora, a agenda em minhas
mãos. Para quê eu tenho uma agenda se não faço nem metade do que está escrito
nela? Sou um total desperdício de vida.
A agenda vai para a lixeira enquanto meu rosto se esconde em minhas
mãos.
Uau. Me resumiu, há 2 dias atrás...
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