sexta-feira, 28 de maio de 2010

Não há palavra para definir isso


Não tenho o que falar essa semana. Na verdade, tenho muita coisa pra falar, mas não quero.

É só isso. Até semana que vem.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Por que tudo isso?

A sessão durou pouco tempo, ainda bem. Ela soube interromper no momento certo. Ela sabia que não sairia mais nada, aquilo já era o suficiente. Foram muitas lágrimas. Era melhor terminar. Eu gosto dela, é uma boa menina.
Eu fico me perguntando por que sofro tanto com certas coisas, certas bobagens. As horas se passaram e eu ainda estou triste e inquieto. Estou magoado com as palavras que foram ditas e com as que não foram ditas.

Eu quero saber, eu preciso saber.

Eu quero saber porque não saber me separa de você. Não saber me mostra que o que eu sinto e prezo não é recíproco. Como ela disse, estou ultrapassando os limites, estou desrespeitando os outros, estou cerceando demais as pessoas, assim como minha mãe fez comigo. Estou fazendo o que eu tanto reprovo. Então é isso? Eu fui manipulado e agora quero manipular? Não pode ser só isso.
Ela disse que há uma relação entre os dois incidentes. Com uma eu fui sádico, com o outro fui masoquista. Há uma crueldade, de qualquer forma. Mas não quero ser assim. Não quero agir assim. Mentira, eu quero.

Eu amo e odeio demais. Eu sou um extremo de qualquer sentimento.
Você precisa criar um limite, ela disse. Defina limite, pedi.

Mas não importa, não importa o que venha à tona, não importa o que esteja por trás disso tudo. Não importa qual é a verdade. O que importa é que a dor continua aqui, assim como a vontade de saber.

Nesse momento, eu me sinto terrivelmente só. Mas é melhor ficar assim, por hora.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Surtando


Estou até o pescoço de coisas pra fazer, tudo relacionado à faculdade. Mas tento arrumar outras coisas pra fazer, como escrever para o blog, pra não ter que estudar Embriologia. Que inferno. Se eu pelo menos tivesse o retorno financeiro na mesma medida que invisto meu tempo e meu cérebro a essa merda...
Estou ansioso, estou feliz, estou triste, estou entediado, tanta coisa ao mesmo tempo e tudo relacionado à faculdade.
E estou escrevendo mal. E estou enchendo lingüiça. E estou cansado de Embriologia.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Blasé


Eles lêem Freud e Dostoiévski, ouvem Chopin, adoram falar sobre as transformações sócio-históricas promovidas pelo capitalismo, e adoram postar, no Twitter, mensagens filosóficas ou enigmáticas que só seus iguais podem entender. São longas e profundas conversas fora da sala de aula, com direito a rir dos “ignorantes”.
Eles são blasé. São indiferentes a tudo e a todos. Aliás, não são indiferentes àquilo que remete à sabedoria, à intelectualidade, ou simplesmente àquilo que os torne mais “destacáveis”. E mais arrogantes. Ser mais inteligente ou intelectual não significa ser mais arrogante. Mas há algo que liga as duas coisas. Refiro-me a algumas pessoas.
Só falta eles chegarem à faculdade com um charuto na boca fazendo análise de tudo que vêem à frente, inclusive das paredes. Mas não é isso que os torna tão arrogantes. Os universitários metidos a psicanalistas intelectuais são arrogantes à medida que ignoram ou destratam as pessoas que não são intelectuais como eles, que não têm muito a oferecer a eles, ou até que não se vistam como eles.
É a atitude blasé dessa gentalha que tanto me irrita. É a falsidade do sorriso e do bom trato ou até a ausência de falsidade com um franco e evidente despeito. Uma atitude fria, estúpida. Qual é o problema em tratar todos como iguais?
Eles são blasé; mas essa palavra, na verdade, é um eufemismo para escrotos.