sexta-feira, 21 de maio de 2010

Por que tudo isso?

A sessão durou pouco tempo, ainda bem. Ela soube interromper no momento certo. Ela sabia que não sairia mais nada, aquilo já era o suficiente. Foram muitas lágrimas. Era melhor terminar. Eu gosto dela, é uma boa menina.
Eu fico me perguntando por que sofro tanto com certas coisas, certas bobagens. As horas se passaram e eu ainda estou triste e inquieto. Estou magoado com as palavras que foram ditas e com as que não foram ditas.

Eu quero saber, eu preciso saber.

Eu quero saber porque não saber me separa de você. Não saber me mostra que o que eu sinto e prezo não é recíproco. Como ela disse, estou ultrapassando os limites, estou desrespeitando os outros, estou cerceando demais as pessoas, assim como minha mãe fez comigo. Estou fazendo o que eu tanto reprovo. Então é isso? Eu fui manipulado e agora quero manipular? Não pode ser só isso.
Ela disse que há uma relação entre os dois incidentes. Com uma eu fui sádico, com o outro fui masoquista. Há uma crueldade, de qualquer forma. Mas não quero ser assim. Não quero agir assim. Mentira, eu quero.

Eu amo e odeio demais. Eu sou um extremo de qualquer sentimento.
Você precisa criar um limite, ela disse. Defina limite, pedi.

Mas não importa, não importa o que venha à tona, não importa o que esteja por trás disso tudo. Não importa qual é a verdade. O que importa é que a dor continua aqui, assim como a vontade de saber.

Nesse momento, eu me sinto terrivelmente só. Mas é melhor ficar assim, por hora.

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