sexta-feira, 16 de julho de 2010

Cheiro de livro


Eu era adolescente e me lembro como se fosse ontem quando recebi aquele objeto em minhas mãos. Lembro-me muito bem da cena, de cada detalhe. Não era um presente, era um empréstimo, mas significou tanto que era como se tivesse recebido um tesouro. Era um exemplar de “Harry Potter e a Pedra Filosofal”, de J. K. Rowling. Curioso com a história, que estava fazendo sucesso por causa da adaptação para o filme, eu pedi o livro emprestado a um amigo.
Sim, era um tesouro. De modo igual à história da menina de “Felicidade Cladestina”, de Clarice Lispector, eu recebi aquele livro como um tesouro. Abri e folheei as páginas. Eu cheirei o livro. Até hoje, quando abro um livro, a primeira coisa que faço é cheirá-lo. Inspiro várias páginas, como se assim pudesse sentir sua essência. Eu amo o cheiro de livro.
Eu tenho alguns pequenos vícios consumistas, mas há um que, apesar de às vezes me preocupar, não posso viver sem ele: comprar livros. De filosofia, psicologia, romances. Basicamente esses. Na verdade, qualquer livro é bem-vindo em minha pilha de livros, exceto os religiosos. Meus familiares não gostam de ler. Alguns acham bobagem perder tempo lendo um livro, a não ser que ele seja de Jesus. “Pra quê ler um livro se ele virou filme?” Agora entendo por que eles precisam de Jesus...
O que me chateia é não conseguir ler tudo que quero. Falta tempo e leio devagar, muito devagar. Há dezenas de livros aqui, alguns virgens, esperando para serem lidos. Isso sem contar os baixados na Internet (sim, eu baixo livros). E sem contar também outros que estão por aí. Horas e horas em sebos e livrarias: eu quero cheirar todos vocês... É impossível. Quisera eu ser como o Visconde de Sabugosa.
Agora, estou tentando ler (isso mesmo, tentando, pois a faculdade tem que ser prioridade) “Amy Winehouse – Biografia”, de Chas Newkey-Burden. Gosto dessa cantora e acho sua imagem interessante, apesar de o livro cometer um atentado ao meu bom senso dizendo que Winehouse tem apenas um “modo de vida festivo” e não autodestrutivo.

Bem, agora que já dei uma de intelectual, você pode ir visitar outro blog.

5 comentários:

  1. Li Harry Potter (o primeiro) e gostei bastante. Além disso, gosto da Amy Winehouse (apesar do modo de vida autodestrutivo). Logo, temos pontos afins.

    Outro, aliás: tenho um blog tb.

    Sigo vc a partir daqui e convido...

    www.espacointertextual.blogspot.com

    ResponderExcluir
  2. É melhor cê ter mania de comprar livros do que outras coisas fúteis. Cabei de ler a biografia de Amy, virei fã dela, não pelos escândalos, mas pelo talento dela. Vou aprender inglês só pra absorver melhor a música dela.

    Potter não tenho vontade de ler, assim como Crepúsculo, esses trem muito fantasioso não me atrai muito, como leitura.

    ResponderExcluir
  3. ler sempre abre caminho para a vida...eu so tenho meu blog hoje por que gosto de ler...li varios livros...não importa o que você lê desde que sempre leia...

    ResponderExcluir
  4. hahahahahahah

    Tambem cheiro livros!! vc não imagina a cara que meu marido fez, na epoca namorado, no dia em que eu peguei um livro do fundo de uma estante no sebo e enfiei o nariz nele !!! Ate hoje ele diz que eu gosto de cheirar traças !!!
    Mas eu não ligo. Ainda terei uma biblioteca decente.

    ResponderExcluir
  5. Por isso vc escreve bem! Quem lê sempre vai escrever bem e eu estou lendo o que vc escreve.
    Me avisa quando o seu livro for lançado.
    Bjos

    http://www.redenacional1.blogspot.com

    ResponderExcluir