quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Tristeza boa

Estou triste. Sei que é uma frase infantil e desestimulante, mas, por favor, continue, pois essa não é uma tristeza qualquer. Ela é boa, é daquelas fazem você pensar melhor sobre si.
Essa tristeza boa me faz caminhar devagar e prestar atenção em cada detalhe dessa calçada. Mas cada detalhe me dá certo medo. Um receio de reencontrá-lo.
Essas leituras bobas estão me deixando assim. A véspera da ida também. Perderei algumas coisas, mas estou feliz porque ganharei liberdade plena. Pelo menos é o que parece. Não há um minuto sequer, dentro desses dias quentes, em que não penso nisso.
Começo a andar mais rápido, preciso escrever sobre isso que vem. Apresso-me. Subo as escadas correndo. O calor está insuportável. Sento-me de frente para o computador, coloco as mãos sobre o teclado, mas a coisa não vem.  Acabou. A coisa não me vem. Ela é grande demais para caber aqui. É tímida, não gosta de ser exposta. É feia, também.
É despedida. É até logo, mas não volto. É isso. Preciso sumir de mim mesmo.

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