terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Para nós


Passei por lugares que me lembram amores presentes, passados e pendentes. Não escolhi ao acaso, não fiz trilhas ao acaso. E os passos que dei não foram apenas para recordar ou reviver. Foram para entender, para elaborar. Eu caminhei porque precisava ser, mesmo que não eu mesmo.
Para ti, para nós. Estou aqui outra vez, de mãos dadas com alguém, com outra cabeça, outra história, outro tempo. Mas tudo ainda precisa de resposta. Esse lugar tem um ranço de algo estranhamente vivido e mal saboreado. É curioso perceber como as coisas se repetem num mesmo lugar, estando fisicamente presente ou não. Esse lugar me marcou, de alguma forma. Esse lugar diz muito de algo que falta. Mas o amor tentou, eu tentei.
E hoje vejo que minha alma, a despeito daquelas que passaram por mim, deixando suas marcas em certas paredes, ruas, igrejas e casas, segue ainda saudosa. Uma dessas vidas vai para longe, indiferente de uma dessas histórias, criada à distância, não intencionada. Ela se vai, tecendo outras histórias, enriquecendo com elas, enquanto eu permaneço por aqui, também trilhando meus caminhos, no intuito de repetir ou recriar passos, como uma forma de restaurar o que não há para ser restaurado, para reviver o que nunca se deu.

É a indiferença do partir que faz doer.

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