quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Permanecendo

“Cause I know a love that
Will never grow old
And I know a love that
Will never grow old”
“A Love That Will Never Grow Old”, Emmylou Harris.
 
Sabia que você estaria aqui. Já pensei em me retirar, pelo menos por um tempo, para que sua presença virtual não me incomodasse, para que não me permitisse nem um fiapo de vontade. Queria distância, toda distância possível, não ver mais nada, não saber de mais nada, pois não poderia admitir que ainda não esqueci.
Tanto tempo passou e ainda faço-me perguntas. É algo que acabou, mas não acabou. Hoje suspeito que tudo tenha terminado por medo, ou por talvez eu ter quebrado meus encantos, não ter sido tão agradável, ou talvez eu tenha sido quase uma mocinha de tão agradável... Estava apenas brincando e atuando, era uma festa, estava tentando deixar tudo e todos à vontade, mas sinto que alguma coisa naquela noite acabou de vez. Foi algo sem volta, como uma sentença de morte. Mas foi uma morte covarde, desonesta, lenta.
 
“Chega de tentar dissimular e disfarçar e esconder
O que não dá mais pra ocultar e eu não posso mais calar
Já que o brilho desse olhar foi traidor
E entregou o que você tentou conter
O que você não quis desabafar e me cortou”
“Explode Coração”, Gonzaguinha.
 
Dói porque não há o que fazer para desviar o amor, dói porque há confusão, dói porque o oposto do amor não é o ódio e sim a indiferença. Eu quis tanto, eu esperei tanto... Eu amei tanto em tão pouco tempo. E você não merecia nem metade, você não queria nem metade.
 
“Meu deus, olha o que você me fez
E olha o que me aconteceu
Tudo se perdeu, tudo desandou
E agora não vai mais emendar
O que se quebrou”
“Tudo se perdeu”, Paula Toller.

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