quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Até mais


“Hoy em mi ventana brilla el sol y un corazón se pone triste, contemplando la cidad, porque te vas.” “Porque te vas”, Jeanette.

Nessa noite, excepcionalmente, não quero deitar em minha cama e relembrar o dia. Não quero pensar, avaliar o peso de uma despedida, e assim me dar conta de que a coisa é mais séria do que a princípio parece. Não quero lembrar que mais um amigo se foi.

Ele se foi, mais um. Viajou para longe. Uma pessoa que pouco a pouco começa a fazer parte de sua vida, e logo você passa a nutrir por ela grande admiração e carinho, e então ela vai. E leva consigo uma parte de você. Eu vi o amor e a tristeza nos olhos de alguém, que também iria perdê-lo. Isso me tocou. Gostaria de dizer tantas coisas, que ele fora importante para meu amadurecimento, por exemplo. Mas eu não disse, pelo menos acho que não deixei isso claro. Tantas coisas que não são ditas, tantos toques, gestos e palavras que não ocorrem. Uma vida inteira que não ocorre.

“Bajo la penumbra de un farol se dormirán todas las cosas que quedaron por decir, dormirán. Junto a las manilhas de un reloj esperarán todas las cosas que quedaron por vivir, esperarán.”

Mas não quero pensar nas coisas que aconteceram e nas que deixaram de acontecer. Quero apenas deitar e dormir, retardar a tristeza, tentar, mesmo que provisoriamente, ignorar a dor de uma despedida.

Sucesso a você, amigo.

2 comentários:

  1. Tentar ignorar essa dor é tentar ignorá-lo. Não há mais nada que se possa fazer, pensar no passado é triste. Mas se for pra ficar deprimido, fique logo. Quanto antes, mais rápido para melhorar. ;D
    Abraço
    perplife.blogspot.com

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  2. Que ninguém se engane: não existe dor pior do q uma saudade. Nao desejo sequer a meus inimigos...
    Solidário...

    :´(

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