sexta-feira, 13 de julho de 2012

Carta para ninguém


Todo lo que quiero se me escapa de las manos
Eso es lo que no quería admitir
Todo lo que quiero se me escapa de las manos
Y no sé manejar lo que empiezo a sentir
“Debajo de mi lengua”, Julieta Venegas.

Pela primeira vez, a solidão está me assustando. Sua face agora é outra, está mais sombria, mais ameaçadora, feito um cão amigo que de repente e por um motivo que desconheço quer me atacar. Não a reconheço mais.

Eu pretendia expor meus medos, meus anseios. Porém foi só o que consegui. Não consegui trabalha-los. E o que faço agora com tudo isso? Contemplo essa coisa reduzida, como uma peça, uma obra de arte incômoda e indecifrável, todavia bela. Isso aqui é uma carta para ninguém. Pura metalinguagem vazia e sem razão.

É preciso ir adiante com isso, é preciso dar um destino para tudo isso. É preciso ir e parar. É preciso tudo e nada e não sei mais o quê.

 É essa a vida que eu queria?

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