Todo
lo que quiero se me escapa de las manos
Eso
es lo que no quería admitir
Todo
lo que quiero se me escapa de las manos
Y
no sé manejar lo que empiezo a sentir
“Debajo
de mi lengua”, Julieta Venegas.
Pela
primeira vez, a solidão está me assustando. Sua face agora é outra, está mais
sombria, mais ameaçadora, feito um cão amigo que de repente e por um motivo que
desconheço quer me atacar. Não a reconheço mais.
Eu
pretendia expor meus medos, meus anseios. Porém foi só o que consegui. Não
consegui trabalha-los. E o que faço agora com tudo isso? Contemplo essa coisa
reduzida, como uma peça, uma obra de arte incômoda e indecifrável, todavia
bela. Isso aqui é uma carta para ninguém. Pura metalinguagem vazia e sem razão.
É
preciso ir adiante com isso, é preciso dar um destino para tudo isso. É preciso
ir e parar. É preciso tudo e nada e não sei mais o quê.
É essa a vida que eu queria?
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