quinta-feira, 5 de julho de 2012

Subvertendo

“When I move a certain way, I feel an ache I’ve kept at bay… a hairline break this aching hold, a metal that I thought was gold.”
“Falling Free”, Madonna.

Há uma ferida que só você pode curar, há uma dor que você pode tocar sem doer. Mas você insiste em me ferir, insiste em me colocar vulnerável. De início pensei que não era intencional. Mas hoje fiquei com uma pequena dúvida; parece que você de certa forma quer esse jogo. Quase consigo ver você, diante do computador, divertindo-se em puxar a corda. Os tolos amam. Os espertos são amados.

Meu caro, por que você agiu assim? Ou antes, por que esperei tanto de você?

“Ah, coração leviano, não sabe o que fez do meu...”
“Coração leviano”, Martinho da Vila.

Estou caindo, caindo sem parar, indo ao chão com força, com infinitas perguntas voando ao meu redor, chegando aos meus ouvidos como mosquitos zombeteiros. Onde eu errei? Diga-me...

Mas você está quebrando o encanto. Tudo isso está uma droga. O feitiço está acabando e o que restou dessa magia está se convertendo em algo próximo da raiva. Não sei bem o que é, mas sei que isso precisa acabar, e felizmente está acabando.

“De tanto eu te falar, você subverteu o que era um sentimento...”
“Sentimental”, Los Hermanos.

Não peça desculpas. E sim, dói. Dói porque eu mergulho de cabeça em tudo que quero.

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